sábado, 2 de abril de 2011

Dados da Aula

Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
Realizar antecipações e interpretações durante a leitura.
Refletir sobre o funcionamento do sistema alfabético de escrita.
Desenvolver a atitude de colaboração através do trabalho em grupo.
Trabalhar o reconhecimento de personagem e características dos mesmos.
Fazer com que a criança se perceba com um ser único, desenvolvendo atitude de aceitação.
Duração das atividades
2 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Como conhecimento prévio, o aluno deve ter tido contato com diferentes histórias ouvidas ou lidas.
Estratégias e recursos da aula
 
Momento 1
A professora apresentará para as crianças o livro “A Zeropéia”. Deve ser explorado a capa e fazer perguntas às crianças. O que estão vendo? O que acham que vai acontecer nessa história? Como é essa centopéia? Quais as suas características?
Título: Livro - A zeropéia
Autor: Herbert de Souza Betinho
Editora: Salamandra
Assunto: Didático e Educação
ISBN: 8528103323
Idioma: Português
Número de Páginas: 24
                                                                              A ZEROPÉIA
                                                                                           (Herbert de Souza – BETINHO)
Ia uma centopéia com suas cem patinhas pelo caminho quando topou com uma barata.
Vendo tantas patinhas num bicho só, a barata ficou boquiaberta:
-Mas Dona Centopéia pra que tantas patinhas? A senhora precisa mesmo delas? Olha, eu tenho só seis e são mais do que suficientes! Posso fazer tudo, correr, trepar nas paredes, me esconder nos buracos. Ninguém consegue me acertar na primeira, nem na segunda chinelada!
- É – respondeu a centopéia -, eu não havia pensado nisso! E olha que tenho essas cem patinhas desde que nasci cinqüenta de um lado e cinqüenta do outro...
- Como a senhora faz quando tem uma coceira? – perguntou a barata - Já imaginou o trabalhão, coçando daqui e dali sem parar? Deve ser um inferno ter tantas patinhas! Por que a senhora não amarra noventa e quatro e fica com seis como eu? Vai ficar muito mais fácil e a senhora vai poder inclusive correr muito mais, como eu.
A centopéia nem pensou e amarrou as noventa e quatro patinhas. Doeu um pouco com todos aqueles nós, mas era necessário, e continuou a andar.
Lá na frente se encontrou com um boi.
Quando o boi viu a centopéia andando com seis patas ficou intrigado:
- Dona centopéia por que seis patas? Para que tantas? Olhe, eu só tenho quatro e faço o que quero! Corro, participo de touradas, pulo cerca quando quero, sou forte e todo mundo me admira! Por que a senhora não amarra mais duas patinhas e fica com quatro? Vai ficar mais ágil e vai correr tanto quanto eu...
A centopéia amarrou mais duas patinhas. Doeu um pouco, já estava quase dando cãibra, mas era necessário, e continuou a andar.
Lá mais na frente, já andando com certa dificuldade, a centopéia se encontrou com o macaco.
Quando o macaco viu a centopéia andando com quatro patas, ficou curioso.
Olhou bem, contou e recontou, e não se conteve:
- Mas... Dona centopéia, por que tanta pata se a senhora pode andar com apenas duas, como eu? Veja como eu faço: pulo de galho em galho, corro, ninguém me pega nesta floresta. Por que a senhora não amarra mais duas patinhas e fica assim, como eu?
A centopéia nem pensou e amarrou mais duas patinhas. Agora só tinha duas patinhas livres, poderia viver em paz, como a maioria dos bichos da floresta, e se parecia até com as pessoas, podia até pensar em ter nome de gente, como Maria ou Florinda.
E continuou a andar, com muita dificuldade, mas tranqüila. Havia seguido todos os conselhos que recebera pelo caminho. Velhos tempos aqueles em que tinha cem patinhas livres!Quanto trabalho à toa! E continuou a andar.
Mas lá na volta do caminho, de repente, viu a dona cobra!
A centopéia sentiu um friozinho na barriga.
- I! – pensou ela – a dona cobra nem pa tas têm!
Não deu outra. Quando a cobra viu a centopéia com suas duas patinhas, foi logo parando e dizendo:
- Por que a ndar com essas duas patas num corpo tão comprido e desajeitado? Será que você não sente que está sendo ridícula andando só com duas patas? E, afinal de contas, pra que patas pra andar? Não vê como eu corro, escapo, ataco, meto medo, serpenteio, subo em árvores e até nado sem patas? Por que não completa a obra e amarra tudo de uma vez?
A centopéia então, amarrou as suas últimas patinhas, pensando que podia ser que nem a cobra. E não podia. Ali mesmo ficou pedindo socorro e gritando por todos os bichos da floresta:- Ei, dona barata, seu boi, seu macaco, dona cobra! Venham me ajudar! Não consigo mais andar! Eu, que tinha cem patinhas, deixei de ser uma centopéia e acabei virando uma zeropéia!A turma da floresta, pra concertar a situação, teve então uma idéia, a de fazer um carrinho bem comprido para a centopéia poder se locomover. A centopéia ia virar a primeira zeropéia motorizada da floresta!
- Mas como é que eu vou dirigir esse carro se não tenho mais patinhas?
Foi um drama! Os bichos foram logo discutindo:
- A barata dirige, pois foi ela quem mandou amarrar noventa e quatro patinhas de uma só vez!
- Não, não, não! Dirige o boi, que mandou amarrar mais duas patas!
- Melhor o macaco, que mandou amarrar mais duas.
- Negativo! Dirige a cobra, que mandou amarrar tudo. Até que a centopéia se deu conta, pensou bem pensado e disse para todo mundo:
- É, gente, a culpa é minha! Eu não devia ter escutado essa conversa fiada de amarrar patinhas! Eu não sou barata, não sou boi, não sou macaco e nem cobra; eu sou é eu mesma, uma centopéia que quase virou uma zeropéia.
A centopéia agradeceu o carrinho, mas, mandou a bicharada desamarrar todas as suas patinhas. E decidiu que o mais importante era ser ela mesma e ter as suas próprias idéias na cabeça...
História disponível em:
Momento 2
A professora fará a leitura da história para as crianças.
Após esse momento, pode-se fazer uma interpretação oral da livro. A professora deve ouvir as falas dos alunos certificando se de fato entenderam o objetivo da mensagem do livro. Enfatizar que cada um é único e que devemos gostar de nós do jeito que somos. Muitas vezes, ao tentarmos mudar ou imitar outras pessoas não ficamos felizes, pois devemos ser nós mesmos.
Momento 3
A professora  perguntará quem sabe o que é um personagem e o que são características. Após ouvir as respostas, explicará que personagem é uma pessoa, bicho, planta ou objeto principal de uma história ou obra, ou seja, pode ser um humano, um animal, um ser fictício, um objeto ou qualquer coisa que o autor inventar. Também podem ter nomes ou não, e ter qualquer tipo de personalidade.  As características  são palavras que definem o ser ou o objeto.
Exemplo: A borboleta é pequena, franzina e bem delicada.
Após a explicação, pedir aos alunos que identifiquem os personagens que aparecem nessa história.  No caso, centopéia, barata, boi, macaco e cobra.
Momento 4
A professora dividirá a turma em 5 grupos. Cada grupo será responsável por um personagem. Será pedido que façam uma produção, escrevendo as características de seu personagem, criando ou reproduzindo uma frase  sobre o mesmo. Após essa etapa concluída, poderão fazer na parte restante da folha o desenho do seu personagem. Como em uma turma existem crianças em diferentes níveis de aquisição da escrita, a professora deve distribuir no grupo crianças em diferentes níveis: pré-silábicas, silábicas, silábico-alfabéticas e alfabéticas.
Em seguida, deverá ser distribuída uma folha ofício A4 para cada grupo e nessa folha a criança colocará como título o personagem. Pode-se dividir o quadro em 5 partes e escrever:
      CENTOPÉIA                            BARATA                                 BOI                                    MACACO                                        COBRA
Em uma turma de 20 alunos, por exemplo, serão 5 grupos de 4 crianças. Dessa forma, a professora explicará que todos podem participar, dando idéias, formulando frases, escrevendo,  desenhando,  colorindo e  apresentando o trabalho.
Momento 5
Os alunos apresentarão suas produções conforme a ordem dos personagens da história. Dessa forma, a história será recontada e ilustrada de uma forma simples e dinâmica.
OBS: A professora também tem a opção, se assim desejar, de pedir para todas as crianças fazerem a produção, mantendo cada grupo responsável por um personagem. Na hora da apresentação, sorteará uma criança de cada grupo para formar a história.
Avaliação
Analisar o trabalho em equipe, observando se houve competição ou cooperação entre os alunos.
Observar a compreensão dos alunos através da interpretação oral, feita ao final da leitura do livro.
Analisar se estão distinguindo “personagem” e “características”.
Avaliar os avanços na escrita dos alunos.

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